6.3 O perdão de dívida
Mas o que significa o perdão de dívida?
Alguém terá de perder os seus depósitos (dívida = lucros = depósitos)
- Descreve a situação anterior a redução de dívida proposta
Empresas exportadoras têm três montantes de dinheiro a descoberto nos seus bancos. - Digamos que dois montantes de dívida eram perdoados, significaria que se eles pedissem todo o seu dinheiro do banco, o banco não poderia pedir dinheiro em troca dos seus activos, pois seriam anulados e o seu valor seria zero.
- Como resultado, na mente das empresas exportadoras estas fizeram uma fortuna exportando, ver-se-iam sem metade dos seus lucros, o que significa que teriam trabalhado de graça. E isto é uma descoberta dolorosa. Todos os seus esforços, riscos e tudo seriam para nada. Mas a realidade é cruel: Não receberão dinheiro nenhum do banco pois o governo do país importador não é capaz de pagar.
Então a única opção para evitar o colapso do sistema bancário é a Flexibilização Quantitativa – Substituir os empréstimos problemáticos com dinheiro recém-impresso.
O conhecimento por detrás disto é o seguinte:
- A nação exportadora trabalhou demasiado e não ganhou nada em retorno (dinheiro da FQ não pode ser visto como valor real)
- Se eles não tentassem exportar acima do equilíbrio de comércio internacional, teriam de trabalhar menos horas, teriam mais tempo livre e seriam capazes de se reformar mais cedo (afinal alguém tem de ficar no trabalho para produzir o excedente comercial)
- Ter-se-iam conservado recursos naturais para as futuras gerações.
- Por outro lado, a nação exportadora, se não fosse importar, as suas indústrias prosperariam ainda mais, o seu desemprego seria mais baixo e as suas capacidades tecnológicas estariam a crescer como resultado da produção.
Conclusão: Exportar neste cenário é para os tolos, trabalham de graça.
Até parece que no inicio estão a fazer dinheiro, mas é só uma ilusão.
Eles estariam muito melhor se se preocupassem com eles próprios.